VAI, HOMEM...

Vai, homem, devore tua presa,

o outro homem,

encurralado,

mate sua fome,

com certeza

apagará de tua memória

essa vileza...

Diga, em sua defesa,

que sobreviver é preciso,

que a era da incerteza

feriu o teu juízo...

Os loucos não estão nos manicômios,

somos nós os tais,

antíteses, antinômios,

não é preciso rabo para sermos animais...

Um dia a ciência provará o contrário,

outras leis contra as leis criadas,

que todo burro pensa ser sábio,

que todo tudo não sabe nada...