Para muitas pessoas, os filósofos são noctívagos inoportunos que as perturbam durante o sono. Arthur Schopenhauer
Eu, filósofo de mim
Quando vejo o meu siso no espelho,
teimo, comigo mesmo, quem sou eu:
um cético, um crente, um ateu...
um covarde que vive de joelho?
Quem sabe uma peça de museu:
um quadro de da Vinci, a Monalisa?
Quem sabe seja alguém que poetisa,
e tem a pretensão de ser Orfeu?
Quando olho meu siso, sem espelho,
e me pego a teimar e dar conselho,
para o Eu que aguarda uma resposta.
Eu me nego a dizer que já sabia,
que o espelho reflete, noite e dia,
do filósofo Eu, a face oposta.