A triste história de um valentão que transformou-se em um coelhinho.
Metáforas, metáforas, metáforas.
Onde está o valentão, transformou-se em cordeiro, que legal, era tão bravo, é que lá do alto do campo, está vindo um leão, outros leões?
Do outro lado do mato, águias famintas, uma, duas, coletividades, o cordeiro mimetizou-se em coelho.
Águias adoram coelhinhos, que belo jantar, saboroso o vosso petisco, o coelho tremendo, escondido em uma moita de capim debaixo de uma árvore.
Olha está vindo o gado, vai comer o capim, pobre coelho ficará exposto, então começa a rezar pedindo proteção a Deus.
Qual é o problema, na outra encarnação, a principal águia era coelho, e o coelhinho em referência era águia.
Então o coelho pediu a águia não me coma, tenho filho para cuidar, águia simplesmente respondeu, recorda do passando, como fui tratado, reencarnei estou aqui, preciso lhe comer, o meu saboroso jantar.
Os leões quando viram o cordeiro transformado em coelho, disseram muito pequeno, deixem as águias comerem.
O coelhinho chorava, chorava, rezava, Deus não escutava, será que vou transformar em coco de águia.
Na outra vida era valentão, poderoso como qualquer leão, que triste fim, a história de um bicho cruel.
A metamorfose do destino de quem sempre foi impiedoso quando era águia.
Metáforas idiossincráticas da pós contemporaneidade.
Edjar Dias de Vasconcelos.