O PRECIPÍCIO
O menino quer fazer dever
Sem saber como fazê -lo.
E deixou para lá sua obrigação.
Falou sobre a novela, que foi a maior sensação.
Então, o professor chamou sua atenção.
O outro aluno, que de mudo não tem nada,
Saiu da sala sem pedir permissão.
Deixou para lá aquela equação
E foi conversar com a namorada
Que estava chorando.
Os pais a abandonaram e a menina
Agora reside na casa da avó.
Tenha dó!
Ela está prestes a ficar reprovada.
O receptor e o emissor
Aquele é meu professor.
Mas sempre há um aluno
Que pensa que a vida é como mágica,
Que é só ter tática.
A educação que temos no lar
É para guardar com amor.
A educação escolar não é só
Para guardar no caderno.
Você que não está estudando,
Que está nadando
Vai chegar em alto mar
E o tubarão... você já sabe,
Não adianta fugir
Foi você que quis assim.
Voltando ao menino do início,
Por que ele não soube fazer o dever ?
Porque estava rindo da velha Cotinha
Na história da revistinha.
Porque, enfim, estava fazendo tudo
O que não devia fazer naquele momento,
Sagrado momento:
A HORA DA EXPLICAÇÃO.
O menino agora está no precipício.
(Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)