A ilusão das vossas recordações.
O que devo dizer a vossa pessoa, os significados da sua ilusão, jamais compreenderá o sentido profundo do pó químico, transubstanciado em vossa carne.
Perdido na imensidão desértica deste universo, sem saber qual a finalidade do brilho das estrelas.
Imaginando então a vossa dignificação, sendo que foi apenas a replicação de tempo tão curto perfilado pelo DNA mitocondrial.
Mil moralidades soçobradas pelo silêncio das suas recordações, um futuro tão distante e perto ao mesmo tempo.
Não entenderás qual a finalidade da vossa existência, a cognição completamente comprometida.
Deste modo, serás o que poderá ser, a pequenez do vosso tamanho.
O desaparecimento, por que pretendestes os sinais da vossa imaginação, como se fosse apenas o azul interminavel do cosmo.
Desaparecerás como se não fosse a vossa replicação, assim sendo, não serás reconhecido pelo tempo.
A passagem como se nada disso tivesse acontecido, soubestes apenas mugir a onda do ar.
Deste modo, a vossa misericórdia, a temeridade dos passos sondados, o sumiço das nuvens, o nascimento da nova escuridão.
O que posso dizer então átomos quânticos a liberdade da incerteza, até transformar-se em chão.
Edjar Dias de Vasconcelos.