A ilusão das vossas recordações.

O que devo dizer a vossa pessoa, os significados da sua ilusão, jamais compreenderá o sentido profundo do pó químico, transubstanciado em vossa carne.

Perdido na imensidão desértica deste universo, sem saber qual a finalidade do brilho das estrelas.

Imaginando então a vossa dignificação, sendo que foi apenas a replicação de tempo tão curto perfilado pelo DNA mitocondrial.

Mil moralidades soçobradas pelo silêncio das suas recordações, um futuro tão distante e perto ao mesmo tempo.

Não entenderás qual a finalidade da vossa existência, a cognição completamente comprometida.

Deste modo, serás o que poderá ser, a pequenez do vosso tamanho.

O desaparecimento, por que pretendestes os sinais da vossa imaginação, como se fosse apenas o azul interminavel do cosmo.

Desaparecerás como se não fosse a vossa replicação, assim sendo, não serás reconhecido pelo tempo.

A passagem como se nada disso tivesse acontecido, soubestes apenas mugir a onda do ar.

Deste modo, a vossa misericórdia, a temeridade dos passos sondados, o sumiço das nuvens, o nascimento da nova escuridão.

O que posso dizer então átomos quânticos a liberdade da incerteza, até transformar-se em chão.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/02/2021
Reeditado em 11/02/2021
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