A CASA
Cômodos de uma casa que anda
Casa que pulsa sob o grito do sol
Em cidades mortas que absorvem
Vidas e sonhos da nossa existência
Começo que vem no dia alvorecido
A vida pode ser de paredes e muros
Mas a gente sente algumas estrelas
Sob um teto claustrofóbico qualquer
Nas esquinas da vida estão dúvidas
Que cintilam no fim de um momento
Eu vivo na véspera de um apocalipse
Tentando ser sobra na vasta escassez
As ruas se apertam sob os nossos pés
O ar pesado se repousa sobre a tensão
Que carregamos como órgão atávico
Somos desejos respingados em rochas
O vento me arranca todo o meu tempo
Que eu trazia entre meus dedos tesos
Como os tijolos cimentados pela arte
Sou casa que se arrasta sobre calçadas
Cômodos de uma casa que anda
Casa que pulsa sob o grito do sol
Em cidades mortas que absorvem
Vidas e sonhos da nossa existência
Começo que vem no dia alvorecido
A vida pode ser de paredes e muros
Mas a gente sente algumas estrelas
Sob um teto claustrofóbico qualquer
Nas esquinas da vida estão dúvidas
Que cintilam no fim de um momento
Eu vivo na véspera de um apocalipse
Tentando ser sobra na vasta escassez
As ruas se apertam sob os nossos pés
O ar pesado se repousa sobre a tensão
Que carregamos como órgão atávico
Somos desejos respingados em rochas
O vento me arranca todo o meu tempo
Que eu trazia entre meus dedos tesos
Como os tijolos cimentados pela arte
Sou casa que se arrasta sobre calçadas