Ontologia
Meus dedos se perdem por seu cabelo
E te nomeio, nesse instante, de ar.
Sinto cheiro de maresia que inunda meus olhos.
O sol se estica pelo horizonte até me tocar.
E a alma, turbulenta, só busca um pouco de paz.
Sou um punhado de sonhos que buscam se concretizar.
Vida que sente e sorri.
Corpo composto de carbono, amor e oxigênio.
E tudo que reflete em mim serve para me iluminar.
Sou a lua, o sol os meus ideias,
E quanto mais me conheço, mais me defino.
Mas sou reconstrução.
O ser humano que vive em mim é massa deforme
Que busca todo dia se encontrar,
Em livros,
Poemas,
Filmes
E amizades,
Mas minha poesia é ontológica.
Cada linha é um passo em direção ao meu ser.
O que penso, sinto, amo e sofro?
Revoluções?
Tudo que meus olhos veem
Inflam meus sentidos a me libertar.