Ontologia

Meus dedos se perdem por seu cabelo

E te nomeio, nesse instante, de ar.

Sinto cheiro de maresia que inunda meus olhos.

O sol se estica pelo horizonte até me tocar.

E a alma, turbulenta, só busca um pouco de paz.

Sou um punhado de sonhos que buscam se concretizar.

Vida que sente e sorri.

Corpo composto de carbono, amor e oxigênio.

E tudo que reflete em mim serve para me iluminar.

Sou a lua, o sol os meus ideias,

E quanto mais me conheço, mais me defino.

Mas sou reconstrução.

O ser humano que vive em mim é massa deforme

Que busca todo dia se encontrar,

Em livros,

Poemas,

Filmes

E amizades,

Mas minha poesia é ontológica.

Cada linha é um passo em direção ao meu ser.

O que penso, sinto, amo e sofro?

Revoluções?

Tudo que meus olhos veem

Inflam meus sentidos a me libertar.

Vinicius Marques
Enviado por Vinicius Marques em 04/02/2021
Reeditado em 04/02/2021
Código do texto: T7176387
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