O universo cresce no grátis do amor gracioso.
Num tempo do querer onde só prima pelo eu.
No tempo em que se predomina o que é meu.
Num tempo em que eu quero, não se importa,
Com a tristeza alheia, pois, a empatia é morta.
E a dor do peito só dói no si mesmo, e o ter;
Se farta na dificuldade de outrem, não há ser
Só a morte ronda, e para ela o ouro, o diamante.
O cofre cheio de nada vale, pois, a vida é o vante.
Duma nau chamada vida que o ter, não vê o afluir.
E o ouro e o tesouro não pode jamais, sentir o fluir.
Então amemos, e deixemos o eu ter pelo nós temos.
Deixemos de lado o eu quero, pelo nós queremos.
Pois só assim se existirá uma aliança no himeneu.
Porque a aliança se constrói no nós, e jamais no eu.
E o amor se alimenta no doar-se dum bem a favor.
E o universo se expande no grátis da graça em amor.
(Molivars).