O universo cresce no grátis do amor gracioso.

Num tempo do querer onde só prima pelo eu.

No tempo em que se predomina o que é meu.

Num tempo em que eu quero, não se importa,

Com a tristeza alheia, pois, a empatia é morta.

E a dor do peito só dói no si mesmo, e o ter;

Se farta na dificuldade de outrem, não há ser

Só a morte ronda, e para ela o ouro, o diamante.

O cofre cheio de nada vale, pois, a vida é o vante.

Duma nau chamada vida que o ter, não vê o afluir.

E o ouro e o tesouro não pode jamais, sentir o fluir.

Então amemos, e deixemos o eu ter pelo nós temos.

Deixemos de lado o eu quero, pelo nós queremos.

Pois só assim se existirá uma aliança no himeneu.

Porque a aliança se constrói no nós, e jamais no eu.

E o amor se alimenta no doar-se dum bem a favor.

E o universo se expande no grátis da graça em amor.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 29/01/2021
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