Destino na contramão
Às vezes disparo um "flash"
contra a paisagem,
e retorna um trovão
contra minha alma.
O vento canta nas folhas das árvores
um coro de ópera.
Um pé de manga conta um conto
da minha infância.
E gerações de girassóis
geram sementes de parábolas.
É que, às vezes,
retorno ao tempo dos pergaminhos,
faço inscrições nas pedras
e me perco nas cavernas.
Com a caneta esferográfica
traço meu destino
e as linhas da minha mão.
Mas sei que a nervura da folhas,
na fotografia,
também diz meu destino,
na contramão.
Às vezes disparo um "flash"
contra a paisagem,
e retorna um trovão
contra minha alma.
O vento canta nas folhas das árvores
um coro de ópera.
Um pé de manga conta um conto
da minha infância.
E gerações de girassóis
geram sementes de parábolas.
É que, às vezes,
retorno ao tempo dos pergaminhos,
faço inscrições nas pedras
e me perco nas cavernas.
Com a caneta esferográfica
traço meu destino
e as linhas da minha mão.
Mas sei que a nervura da folhas,
na fotografia,
também diz meu destino,
na contramão.