SIMPLIFICAÇÃO

Tem água que corre e que empoça, roça que seca e onde brota,

A rota nem sempre bate com o que precisamos, vamos adiante,

Sem vergonha do arrependimento, com desprendimento e força

Para encaminharmos a obra, a vida dobra a exigência, covardia.

Águas passadas não movem moinhos, disseram repetidamente,

Esqueceram da sede e das saudades, meias verdades estão aí,

Influenciando decisões, exigindo revisões, hora de baixar a bola

E dar o braço a torcer, viver é simplificar, pode apostar, é assim.

Cobram nossa alma, tá tudo bem, quanto ao amor, nunca terão,

Não levarão nem um vintém, também, abusaram da sorte, corte

É ferida que não cessa de escorrer, pode lamber à vontade, ver

O sangue coagular, limpar direitinho, cicatrizar, ferida não morre.

Os dias continuam os mesmos, os torresmos dormem na vitrine,

Café requentado, leite coalhado, pão amanhecido, tudo perdido,

Prêmio acumulado, preso inocentado, a liberdade cobra o preço

Dos anos em cativeiro, neste viveiro, poucos conseguem cantar.

www.todososamores.com.br/blog

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 20/01/2021
Código do texto: T7164297
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.