porta fechada

Atônito Me pergunto o Que queres tu de mim, doce criatura?

ressurgindo assim, dessa forma dasalmada, cara lavada e a essa altura;

com essas manias, esses trejeitos, bate no peito e se achas tão esperta,

quão vã tu és, supondo encontrar mais uma vez, aquela porta aberta.

Não aprendestes nas tuas gincanas, que tudo nessa vida tem um preço,

que nesse jogo são todas iguais, eternas normais, mudam só de endereço,

brincas tu de ir, certa de voltar quando quiser, só esquece tu menina,

tu não fostes a primeira, a entrar na brincadeira quando estás a brincar na surdina.

A vida tem dessas coisas, ensina através da dor a quem dela caçoa,

prova por a mais b, queira ou não você, mas ela nunca perdoa.

permite falso domínio, trata como menino toda alma debochada,

leva o tempo que for, e sem nenhum rancor, te recebe com a porta fechada.