Depreciação do termo Coroa

Depreciação semântica da “Coroa”

Ao longo da História a mais cobiçada posição

Da qual provinha-se benesses vitalícias

Por qual lutas e envolvimento de malícias

Sacudiram muitos clãs nessa questão.

Rachaduras dinásticas em operação

Séculos de poder rivalidades atiça

Monarcas também regeram com “preguiça”

Pagaram com a vida essa usurpação.

Coroa, excelência e poder

A representação divina na terra

A liberdade para definir o “saber”.

Exércitos sacrificavam-se em guerras

Para uma dinastia crescer

Enquanto outro ciclo enterra.

Poder atribuído à coroa

A linhagem real já destinada

Longos anos a monarquia alimentada

Pela crença e sua face boa.

Marcel Lopes

15/01/2021

Depreciação semântica da “Coroa” II

Por outro lado, ao ingressarmos em nosso tempo

As gírias como linguagem amplamente falada

As ruas como extensas entradas

A “coroa” perdeu seu monumento.

Representa, por assim dizer, o que vem com o vento

O passar das horas, dias, anos, faces transformadas

A cobrança pelo tempo de “estrada”

Desperta a “coroa” em abatimento.

Muitas se recusam a entrar nesse processo

Lutam por manter sua juventude

Cirurgias, retardos da velhice e outras atitudes

São apenas “mascaras” para um progresso.

A pele enrugada pelos excessos

Castigada pelos efeitos naturais e laboratórios

O homem e seu ímpeto contraditório

Na tentativa de reverter o processo.

A “coroa” depara-se com as marcas do tempo

Verrugas, expressões de uma pele castigada

Anos e anos de horas ensolaradas

Não há protetor artificial que reverta tal sentimento.

Marcel Lopes

15/01/2021