O CHORO DO NENÊ
O CHORO DO NENÊ
Não são os que te oprimem aqueles em quem deves confiar
Nasceste de uma linha de montagem biológica opressiva
Ensinaram-te a chamar de “mãe” e te achava “uma gracinha”
Limpava tuas fraldinhas, te despreparava para a vida futura
Fazia papinhas e bilu-bilu na criança indefesa nos braços
Nem desconfiavas que o abismo te afagava com gracinhas
O líquido amniótico transparente desenhava teu futuro
Do fundo do baú a gestante barriguda te espionava a idade
Nem havias nascido e já estavas com a vida passada a limpo
Pelos planos da mulher de areia que te pariu na teia tecida
Dos direitos de propriedade dela sobre o indefeso nasciturno
Provinhas não da luz do conhecimento e da sabedoria, mas
Da vaidade prenha na linha de montagem da Pandora genitora
Da qual eras nada mais que uma gracinha. Te ensinaram
Admirar a arquitetura dos palácios e os animais do Cretáceo
Que viveram há 145 milhões de anos. Teu nascimento e o
Crescimento desde tempos imemoriais lemurianos treinaram
E zelaram por tua sobrevivência. Conduziram-te à matança
Indiscriminava nas guerras muito arcaicas até a Primeira
E a Segunda Guerras Mundiais. Não satisfeitos semearam
Mil guerras no futuro dizendo-se descendentes de parentes
Arianos, não passavas real mente de um piolho nessa irada
Realidade. Filho não de uma mulher, mas da Antiguidade
De interesses que nunca tiveste e jamais foram teus. Sim
As Sete Chaves do Simbolismo… Tu as tens em mãos???