P E R D I D O S N A N O I T E
P E R D I D O S N A N O I T E
Os amigos tiveram apenas quem os explorasse
Após nascidos no corpo humano, seus temores
O mundo de desejos ingênuos para eles se abriu
Paridos pela gruta antiga e bruta de finalidades
Abandonados à própria sorte, onde buscar abrigo
Cercados pelo noturno azáfama da “Nova Cidade”
Ilhados pela vontade de todos os demais perigos
Querendo ganhar o mundo por vias episódicas
Embarcaram a partir da ilusão fantasma de Maia
Desejando-se que o Hawaí fosse logo ali, ou aqui
Acharam que por ser louros, quem sabe arianos
Seria fácil se dar bem no mundo, lucrar via incestos
São demais aqueles os que buscam nada mais
Que os enfeites e o dissimular a pele dos prazeres
Assim como personagens, nasceram homens e se
Diluíram em Narcisos da Noite familiar, neblina
Noturna beira-vida, beira-mar. Rotina de drogas
E programas na rota-rÔta: curso e destino lucífero
De meninos caprichosos na rotina do se perder
Disfarçaram-se tanto para os outros, que sumiram
Em disfarces no se conhecer eles mesmos. Agora
Amontoaram-se em erros nas noites vencidas
Criaram deleites que eram azeites no fio fino
Tecido por Ariadne na Volta do Parafuso o abismo
Do qual não mais voltaram. Lá estavam em outra
Posterior dimensão sem saber de nada dela. Ela
Não passava de uma encena ação, uma cena
Simulação: uma ribalta fluindo autêntica no mundo
Em outra dimensão. Poderiam talvez voltar
E encenar no Circo dos Horrores um outro quadro
Sobreviver ao cobertor no desabrigo, sofrer outra
Indecisão nas veredas do desviver dos aflitos???
Ainda assim viam na vida restar-lhes esperança
Uma que fosse no desvario brotado do desviver
Pudessem encontrar outra vez uma saída, saída
Das coisas horríveis fantasiadas de gentilezas
Terríveis coisas: amorosidades sem nenhum amor
Dentre as quais viveram o mundo da Guerra-Fria
Infinita fantasia nos filmes de 007 ou de terror!!!