Qual sendo: estou?
O bom poeta de hoje, deve ser diferenciado
e melhor que o de ontem; e o de amanhã
ter por missão se aprimorar, ampliando
o eu estrutural, as reflexões noosféricas
e iterações com o meio e pessoas.
O cálice se depura, e cabe mais.
O mau poeta de hoje, deve ser dissociado
e igual ao de ontem; e o de amanhã
ter por missão, se divagar, amesmando
o eu solipsista, as reflexões periféricas,
e relações com a mídia e cifroes.
Cálice cheio, mais nada cabe.
O neutro poeta de hoje, deve ser entusiasmado
e indiferente ao de ontem; e o de amanhã
ter por missão, só versar, exaltando
o eu adestrado, as reflexões estéricas
e sem ilações com o Ser e/ou universo.
Cálice? Que cálice?