POEMA PARA TONHO DO PAIAIÁ

Quando tudo isso passar

E o medo diluir-se nas lembranças,

Quero cantar entre os sobreviventes

E tecer loas às estações da nova Era.

Abraçar os amigos que restaram,

Distribuir afetos aos desafetos,

Colecionar sorrisos insinceros,

E desejar a todos que ainda consomem oxigênio

Que sejam felizes todas as noites

E acordem sorridentes para o novo mundo,

Como se fosse seu último dia...

O tempo foge, irreversivelmente o tempo foge,

carpe diem, quam minimum credula postero.

Porque jamais voltaremos a ser os mesmos...

Porque jamais teremos nossos amigos de volta...

Porque só nas fábulas se é feliz para sempre.