O homem é apenas o terceiro chimpanzé.
Quando você morre, acaba totalmente, pelo fato que você é apenas sua cognição.
Homem é tão somente o seu cérebro produto do meio social.
A vossa alma é a sua linguagem, não existe o espírito separado do corpo, o paraíso é uma invenção macabra, cujo objetivo dar consolo a gente desesperada, existencialmente.
Lamento dizer quando você morre tudo termina, como se você nunca tivesse nascido.
O vosso corpo dissolve no solo frio da natureza, transformando em poeira química.
Passa ser apenas o solo da terra, as vezes desértica e improdutiva.
Deus uma ficção ideológica, o que relato é científico, não existe ressurreição, pois a alma é cognição individual de cada pessoa, retratada através da linguagem articulada.
A respeito do corpo refiro especificamente a matéria, são diversas formas de matéria, entretanto, a referida é única em sua substancialidade.
Deste modo, explico a origem da vida por meio do estudo molecular do DNA, existe apenas um DNA, sendo o mesmo para todas espécies.
Com efeito, a matéria diversifica em suas formas, entretanto, não em sua realidade fundamental.
Portanto, qual é a quantidade material do DNA de um chimpanzé em relação ao homo sapiens, 1.6% a mesma proporção de um sapiens qualquer em relação a outro sapiens.
Assim sendo, somos o terceiro Chimpanzé, o segundo, o macaco bonobo, a tese fundamental, a matéria é sempre a mesma, a variação está na forma e na quantificação variável do mesmo DNA.
Há apenas um DNA para todas espécies, as espécies se evoluem multiplicando, por meio da mutação, adaptação e replicação, diferenciando a forma da matéria, na conservaçao do mesmo DNA, em suas proporcionalidades devidas.
Deste modo, tudo na natureza fundamenta-se em um grande parentesco, até mesmo os vírus são nossos irmãos.
Então por que pensamos que somos especiais, porque pensamos, e por que pensamos, porque temos cognição e por que temos cognição?
A explicação é que devido a evolução sapiens em direção ao fenomeno bípede na savana, nasceram as cordas vocais na produção do som, desenvolvendo a linguagem.
Com a linguagem a criação das ideologias, com as ideologias o desenvolvimento das grandes mentiras, uma delas que no lugar da cognição existe uma alma.
Entretanto, nada disso tem sentido, o homem é seu corpo, quando morre desaparece na natureza, sendo que a cognição como produto da linguagem, resultada do mundo neuro cognitivo desaparece com a morte do corpo.
Portanto, somos apenas a nossa cognição enquanto existir o corpo, posteriormente, somos a sombra da imaginação do nosso desejo de ser.
Todavia, tudo se resume no desaparecimento definitivo do ser, a ignorância consiste em inventar ideologias sem consistência científica.
Biologicamente somos um chimpanzé falante.
Edjar Dias de Vasconcelos.