HIPOPÓTAMOS E O COLIBRI

HIPOPÓTAMOS E O COLIBRI

Naquilo que houve e que há, de fato,
como se fosse fetiche escolhido e pago,
e um travesseiro de pernas e tatos,
- perfume exalado no ar -
o beijo buscado é frisante suor que escorre na 'espalda'.

Mas a calma - miragem,
o coito - vertigem,
o contato - imagem,
os corpos - selvagens,
as coisas - viagens,
o contexto e o contrato - vantagens,
é física energia d'alma, que brota em comando de uma bruta mulher (coragem), sensível...

E de truco-homem-mistério, aprazível,
que de joelhos dita e afirma a frase:
- isto é verdade (e não é bobagem) 
sente-se pleno e sereno, ao (re)descobrir
que num rio de selvageria pode haver ferozes hipopótamos...
mas também por lá pousa pra se hidratar,
um colorido colibri.