Caminhar
Andar pelo deserto árido nem sempre é tarefa fácil
Com os anos deixamos de sentir prazer
E a labuta se transforma em nossa alegria
Nossa felicidade
Quem sabe o que nos espera além do rio?
Alguém é capaz de ver?
Os que foram nunca voltaram
Mas há quem diga que do outro lado
Existe uma vida mais feliz
Não carregamos mais memórias inocentes
Quando no mundo havia mais cor
Hoje sorrimos ao ver o cinza
A tristeza não importa
Nos acostumamos a ela
Abraçamos a dor como nossa amiga
Que venham tão cedo os tempos de outrora
Quando inertes ao mundo que nos cercava, éramos felizes
Não precisávamos de nada para isso.
Nenhum bem, nenhuma conquista além daquela que a vida sempre nos oferecia:
O brilho do nascer do sol
Homenagem a meu irmão, Michael Bonilha e a meu amigo de Recanto, Felipe TS.