Caminhar

Andar pelo deserto árido nem sempre é tarefa fácil

Com os anos deixamos de sentir prazer

E a labuta se transforma em nossa alegria

Nossa felicidade

Quem sabe o que nos espera além do rio?

Alguém é capaz de ver?

Os que foram nunca voltaram

Mas há quem diga que do outro lado

Existe uma vida mais feliz

Não carregamos mais memórias inocentes

Quando no mundo havia mais cor

Hoje sorrimos ao ver o cinza

A tristeza não importa

Nos acostumamos a ela

Abraçamos a dor como nossa amiga

Que venham tão cedo os tempos de outrora

Quando inertes ao mundo que nos cercava, éramos felizes

Não precisávamos de nada para isso.

Nenhum bem, nenhuma conquista além daquela que a vida sempre nos oferecia:

O brilho do nascer do sol

Homenagem a meu irmão, Michael Bonilha e a meu amigo de Recanto, Felipe TS.

Bonilha
Enviado por Bonilha em 18/12/2020
Código do texto: T7138607
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