Tempo

Hey! Você aí, parece estar perdido,

fora do compasso, um trem fora dos trilhos.

Mas nem tudo faz sentido, nem sempre há um motivo,

a bússola aponta o norte mas não lhe mostra o destino.

Talvez eu siga o vento, me banhe no sereno,

apontando pras estrelas rabisco mil desenhos.

Não tente me encontrar,

não estarei mais lá.

Não siga os meus passos,

não costumo deixar rastros.

Sou a areia da ampulheta,

que escorre pela fenda.

Sou o ponteiro do relógio,

o cronômetro analógico.

Eu sou o próprio tempo,

estou sempre em movimento.

Não me perca, não me poupe, aproveite ao máximo,

sou um flash, um estalo, no horizonte um raio.

Não ouça o que o desespero diz,

tente me entender, procure ser feliz.

Um sorriso disfarçado, um sorriso escancarado,

um momento inusitado.

Não olhe para a cicatriz,

procure ser feliz.

Não importa como foi seu dia, todo dia é dia,

todo dia é vida.

Renan Pinheiro da Silva
Enviado por Renan Pinheiro da Silva em 10/12/2020
Código do texto: T7132133
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