Tempo
Hey! Você aí, parece estar perdido,
fora do compasso, um trem fora dos trilhos.
Mas nem tudo faz sentido, nem sempre há um motivo,
a bússola aponta o norte mas não lhe mostra o destino.
Talvez eu siga o vento, me banhe no sereno,
apontando pras estrelas rabisco mil desenhos.
Não tente me encontrar,
não estarei mais lá.
Não siga os meus passos,
não costumo deixar rastros.
Sou a areia da ampulheta,
que escorre pela fenda.
Sou o ponteiro do relógio,
o cronômetro analógico.
Eu sou o próprio tempo,
estou sempre em movimento.
Não me perca, não me poupe, aproveite ao máximo,
sou um flash, um estalo, no horizonte um raio.
Não ouça o que o desespero diz,
tente me entender, procure ser feliz.
Um sorriso disfarçado, um sorriso escancarado,
um momento inusitado.
Não olhe para a cicatriz,
procure ser feliz.
Não importa como foi seu dia, todo dia é dia,
todo dia é vida.