Criança Divina - Divagações
Divagando ali n'areia,
uma sorte, um destino;
Senil, um homem vagueia,
Foge-lhe à vista, o menino;
A brisa beija-lhe as maçãs,
de um frontispício lânguido;
Na rotina d'aquelas manhãs,
maternais ao sol renascido;
Deixando à beira, pegadas,
o espelho d'água, margeia;
Lentamente sendo levadas,
na marola que serpenteia;
Ouvindo *marulho do mar,
nos açoites do barra-vento;
Um canto bardo a ressoar,
salta-lhe o encantamento;
Calcorreando bem devagar,
indiferente aos tormentos;
e àquela música a nortear,
suas idéias e pensamentos;
Abraçado à sua sina,
seus pendores, e seus 'Ais;
Sem enganos pôs-se atrás,
da sua criança divina;