O MONSTRO QUE PARIRAM
A história que lhes conto,
Não é de carochinha,ou Conto de Fadas,
E nem ilusão minha, trata-se da Realidade sobrepondo-se
À tragédia anunciada,mostrando-lhes
O quadro medonho ue se lhes Apresentava ,onde o abismo abria-se
A olhos vistos.
Mas não deram conta
Do furacão que se anunciava!...
Depois da tempestade pronta,
Tomem bordoadas, cacetadas!
Tolos, tudo estava explicito,
Não viram!
Como prenda levaram terrível tombo!...
Ficaram de tanga,
Com a brocha na mão ,às tontas!...
É que, cegos, cairam
No atolero, se labuzaram
No charco em que se meteram!
De nada vai adiantar
Agora choro de crocodilo!
Não se enganaram.
0 que compraram,
Sabiam que droga era aquilo!
Como Madalenas arrependidas
Choram pitangas,
E dizem terem sido enganados,
Que a mercadoria que compraram,
Nao era aquela que o preço ajustaram.
Choram, se descabelam por terem
Sido ludibriados!
Não são inocentes!
Estavam cientes
Da porcaria que compraram!
Viram o bode na sala!
O fedor que dele ainda isala!
O que fizeram?
A sujeira do monstrengo disfaram.
Nao compraram
Gato por lebre. Tinham ciência
Do traste que compraram.
Um jacaré em águas rasas criaram!
Não sabem, entretanto, como se livrarem
Do mostro que pariram!