Negros

Um dia houve navios negreiros

Que traziam pessoas, escravos!

Eram os braços fortes no cultivo do café.

Nos engenhos de cana, na plantação.

Serviam aos senhores sem coração

Em negociatas vendiam os negros né...

As mucamas das senzalas, amas de leite!

O castigo que recebiam no tronco o açoite

Trabalhavam de sol a sol sem descanso

Que crueldade fizeram com os negros...

Riquezas eram produzidas pelos seus braços

Hoje ainda ouço os gritos e ais no tronco!

Na senzala dormiam ali no chão

Para eles nenhum direito, só obrigação!

O corpo em chagas, a cantiga na alma...

Nas noites enluaradas quando era permitido

A roda de samba e cantiga do coração doído

A saudade da sua terra no peito sufocada.

Para os negros os nossos irmãos

Envergonhados em nome desta geração

Viemos dizer não! Basta de discriminação!

Foi desumano tudo o que lhes fizeram

Os trataram como animais... E lhes escravizaram!

Viemos com o coração contrito pedir perdão!

Edisj
Enviado por Edisj em 17/11/2020
Reeditado em 20/11/2020
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