O VOTO NAS VEREDAS DO MEU SERTÃO

Ativa caminhada de peregrinos do voto

Se arrasta no sertão, no período eleitoral

Descambando estradas, indo encontrar casas

Com um diálogo, ora, acolhido por uns e rejeitado por outros

É de praxe os candidatos se apresentarem,

Para os eleitores, a fim de eleger-se

Alguns, com muitas boas intenções,

Outros, com intenção, somente para compor

Lugar na câmara de vereadores e desfrutar de um bom salário

Em algumas vezes, eleitores personas, frágeis, gentis demais...

Na conversa, traziam a resposta de um voto comprometido,

Com favores de benefício de saúde, privilégios pessoais...

Conquista de cisterna, ou um trocado indispensável naquele momento.

Ingênuos da vida oprimida que não tem voz, nem vez,

Mas quando chega o tempo eleitoral, alguns corruptos candidatos

Lhes calam a voz, de vez!

O povo não compreende seu papel de cidadão,

Nesse tempo de eleição, alguns vendem sua dignidade,

Porque não fazem questão, para eles, terem barriga cheia,

Emprego e saúde, basta.

Então dizem: “que si dane a cidade, não vivo de prefeitura! ”

Com esse discurso e esse entendimento, vendem seu voto.

Não entende o eleitor, que o reflexo da escolha de candidatos

Para o pleito eleitoral, vai refletir na construção de

Políticas públicas negligenciadas durante quatro anos.

Outra realidade se encontra no desleixo,

Que os eleitores visualizam na sociedade,

Deserdadas de políticas públicas que,

Atendam às necessidades do povo,

Dessa forma, vendem seu voto, na infeliz certeza, de que,

Vendendo o voto, o político já fez o que tinha para fazer,

Esquecendo que o mesmo tem o seu papel a cumprir na sociedade!

O povo não aprendeu a escolher bem os seus representantes,

Principalmente no interior, onde muitos se aproveitam

Da ignorância do povo, para comprar votos!

Com isso o povo perde a possibilidade

De ter pessoas competentes e dispostas

A defender os seus interesses na câmara de vereadores.

Antonia Lucia Barbosa