PARE DE SÓ RECLAMAR E AJA
Têm almas em eterna reclamação,
Nada lhe agrada, e a tudo complica.
E por mais que a ela se explica,
Mas percebe-se insatisfação.
Almas que “bebem” o seu amargo
E estabelecem o seu próprio descargo.
A poesia não lhe culpa,
Mas pede desculpa,
Por denunciar o teu vazio.
Levante d’esse “sono” profundo,
E transforme o seu mundo
Num paraíso.
Que a ação comece em vós
Pois, se não entendermos a tua voz,
Tu serás confundida com um ninguém.
Ênio Azevedo