Tela em branco
Eu não escrevo para negar a minha sorte.
Mas com certeza eu estou sendo egoísta.
Se não pretendo alardear minha conquista.
Talvez eu queira eternizar-me após a morte.
Não busco uma razão para ser mais forte.
Nem quero que me dêm nenhuma pista.
E enquanto eu vou fazendo a minha lista.
Vou remando o meu barco rumo ao Norte.
Talvez seja rumo ao Sul! Que me importe?
Se vou seguir rumo a um destino futurista.
Que na viagem tudo a quê eu me reporte.
Não seja só fruto da minha mente projetista.
E nessa viagem talvez segura eu aporte.
Em uma ilha, assim que haja terra à vista.
Antes que "o medo do nada" me transporte.
Pra tela em branco da minh'alma de artista.
Adriribeiro/@adri.poesias