Tela em branco

Eu não escrevo para negar a minha sorte.

Mas com certeza eu estou sendo egoísta.

Se não pretendo alardear minha conquista.

Talvez eu queira eternizar-me após a morte.

Não busco uma razão para ser mais forte.

Nem quero que me dêm nenhuma pista.

E enquanto eu vou fazendo a minha lista.

Vou remando o meu barco rumo ao Norte.

Talvez seja rumo ao Sul! Que me importe?

Se vou seguir rumo a um destino futurista.

Que na viagem tudo a quê eu me reporte.

Não seja só fruto da minha mente projetista.

E nessa viagem talvez segura eu aporte.

Em uma ilha, assim que haja terra à vista.

Antes que "o medo do nada" me transporte.

Pra tela em branco da minh'alma de artista.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 14/11/2020
Reeditado em 02/12/2020
Código do texto: T7111826
Classificação de conteúdo: seguro
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