Sem rumo
Nesses últimos anos,
Vi que preciso arriscar
Sem me importar,
E recebo bem os danos.
Estou em uma busca
Só para me encontrar.
Não lamento de desistir
De tudo aquilo que amo!
Mais uma vez sem saída,
É confuso...
Não sei se os erros tem um fim,
Enterro meu cadáver
Ao mesmo tempo
Em que planto
Uma flor no meu jardim.
Não preciso de mais razão,
Cansei da aceitação.
Eu só sabia fugir,
E agora quero deixar
Essa angústia fluir.
Me sinto destruído,
Fábulas me consumiram.
Não sei quando,
Mas um dia
Será o fim da linha.
É tão difícil me satisfazer,
Sei que estou perdido.
É quase impossível
Escrever outra linha.
Viver sem propósito,
É uma doença pra quem
Diz ser tão metódico.
Meu mundo é tão pacato,
Que não suporto
Olhar de novo pro relógio.
Tudo é tão normal,
Que não consigo enxergar cores no pecado.