COLÓQUIO COM A FLOR
(Ps/522)


Ao passar pela flor
falou-me do langor e da
solitude do tempo,
das pedras e da erva na beira
do caminho.
- A esquina improvisa
e a reta, delimita, sem
percalços ou tropeços e
seguem a diante.
- Quando sairemos daqui?
Sofremos o sofrimento
da pedra, da erva do caminho,
cuja sensação de incerteza
estacionará, n'uma futura saudade
renovada, n'outra realidade.
- "Passas e olhas para mim
e a margem é o cosmo,
uma busca indefinida de ser
ou de não ser como as emoções, 
tragam as nossas vontades,
involuntariamente!
Portas abertas fecham do nada
como o céu fecha para a tempestade!
Enganos e saudade,
vácuos, incompreendidos, de
sensações incertas fazem-me florescer,
alegrar e beber o orvalho das manhãs,
ante à margem do abismo certo,
do last inútil orvalho!" 


 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 13/11/2020
Reeditado em 13/11/2020
Código do texto: T7110474
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