Rendição
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O corpo surrado dos retumbantes fracassos,
Os trôpegos passos, tremores, cicatrizes,
feridas de variadas matizes. Uma ruína total.
A mente doentia, com suas erráticas apostas,
virou-me as costas, perseguindo a sua sina
que sempre termina numa dialética fatal.
Sou autocontrole, meu destino eu que faço!
Volto derrotado. Passos cambaleantes.
Mudo hábitos, pessoas, rotina, meu espaço;
Em cada infortúnio, dor maior do que antes.
Clínicas, templos e retiros; ganhos escassos
Meu corpo e minh'alma seguem agonizantes
Dar cabo da vida, esboço, meu último passo
Coragem... nem pra isso tenho o bastante
Então... o que faço?
Ao meu ego, cálice que nunca se afasta
Determino meu propósito: Basta!
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