Meditação ou castigo de Rodin?
Gilberto Carvalho Pereira,
Fortaleza, 11/11/2020
Forjado em cobre e estanho
Sua genialidade descoberta
Modelou a arte em tal tamanho
Disseminada em réplicas, alerta!
O Pensador, que já foi o Poeta
Em magistral pose, meditação
Compleição robusta, discreta
Buscando sentido da vida, Adão?
Sua nudez revela desconhecimento
Sobre o paraíso que lhe foi deveras dado
Sem nunca ter ao menos encomendado.
O enigma de Rodin, juiz ou condenado?
No portal dos miseráveis, pagando seus pecados
Ou vigília permanente sobre espíritos desgarrados.