Tudo teve início em uma tarde dos anos 70.
Anos setenta, em um sábado, uma bela tarde, naquele dia o Palmeiras não jogava.
O céu estava lindo, o infinito azul, as árvores radiantes, então montado em um belo cavalo deixei a propriedade dos meus pais, Nicomedes e Alice, passando pela fazenda dos meus avós Cristiano e Maria Gumercinda Vasconcelos.
Pelas terras do senhor Juvenal, Luiz Casimira, Valderico, Cidote e vinhal, chegando a uma comunidade nas terras do senhor tino.
Naquela tarde eu olha para o solo, via a cor da terra, encantava com a beleza das árvores, contemplava a luz do sol, os raios de hidrogênio, sentia o silêncio do tempo.
Era praticamente criança, inocente, na comunidade estavam os padres Lazaristas, Ézio, Gomes e Dázio.
Tinha uma árvore cortada sobre o chão, sentando sobre o tronco, padre Ézio me chamou para confessar e perguntou se desejava ser padre, respondi que sim, desde modo, tudo começou.
Fazenda Douradinho, Itapagipe Triângulo Mineiro, seminário menor Campina Verde, ano propedêutico, Filosofia, História e Psicologia, Puc Belo Horizonte, dois anos de noviciado no Santuário do Caraça.
Teologia, primeiro ano com padres franciscanos em Petrópolis e Rio de Janeiro, transferido para faculdade de Teologia da Arquidiocese de São Paulo.
Bacharel em Teologia, perdendo apenas 0,7 décimos em relação nota final do bacharelado.
Posteriormente, nota dez no exame univera, esses anos todos estudava em média dez horas por dia.
No término dos meus estudos era absolutamente ateu, razão pela qual desisti de ser padre.
Entretanto, consegui compreender tudo, o que precisava entender, hoje distante daquele tempo, recordo daquele dia quando montado em um cavalo, dirigia a um centro comunitário de evangelização.
Este foi o fato mais importante em minha vida.
Edjar Dias de Vasconcelos.