M E T R Ó P O L E

M E T R Ó P O L E

O desperta dor desperta, hora certa

De sair em busca do café e do pão

A marmita está feita de sonâmbula

Devoção. Dentro dela um bife, sal

Salada, farofa, arroz e feijão. Tudo

Pelos olhos da cara. Na hora H do

Almoço aquele alvoroço, dentes

Que mastigam a fadiga alimentação

Fulano é das esquerdas, Beltrano

Que sabe das coisas, depois desse

Arroto defende Bozo e o Centrão

Sicrano fala na vitória da eleição

De Biden contra o Trumpbiqueiro

A vida é ao vivo e o Pato Donald

Derrotado, ameaça não sair de

Dentro das mordomias da Branca

Casa do poder republicano que quer

Fazer entrar pelos canos a democracia

A devoção à ganância e à grana

Os pais da América e da demagogia

Olham para o próprio umbigo

Enquanto o vírus da Covid-19

Convida os demais enfermos

À participação na orgia de 250

Mil mortos nas cidades de sonhos

Da América do Norte. Milhares

De pessoas clamam por respeito

Nas ruas das metrópoles povoadas

De medo e aparente crentes. Crentes

Em cidadania aviltada por poderosos

Cada dia mais gananciosos e severos

No discurso do total totalitarismo

Os mortos e os mortos-vivos

Jogados para debaixo do tapete

De seus muitos interesses e outro

Tanto de festivos compromissos

Não há autoridade que dê notícias

Dos milhares de pessoas, crianças

Jovens e adultos desaparecidos

OVNIS sobrevoam as instalações

De mísseis nas muitas áreas-51

Os militares mentem sempre sobre

Todo o interesse público impelido

Aflito por saber que mundo é esse

Em que se lhe escondem os fatos

Mariazinha e o marido seu José

Foram assaltados e depois mortos

Seus filhos ficaram sem paz e pais

As cidades padecem na insegurança

Milhares de mortos no trânsito

Nos hospitais faltaram recursos

Materiais que foram para o bolso

E o Centrão cercado de generais

E famílias q choram seus mortos

As políticas contra o aborto

Despejam milhares de nascidos

Na perspectiva da marginal e

Da marginalidade. Futuras crias

Para os papos de bares e boates

Enchem o “happy-hour” desses

Sorrisos festivos e acabrunhados

Alegres, desesperados sem ontem

Hoje ou amanhã. Os citadinos

Vão pra cama e o sofá da hora

E na hora de dormir. Outro dia

Dia promete esperança renovada

Nos jogos da loteria e no placar

Favorável do time e gols marcados

O torcedor veste a camisa torcida

Dirige-se animado ao estádio

Espera que seu time ganhe

Por placar elástico. E sonhos

Fantásticos povoem seu sono

Até o café da manhã seguinte.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 09/11/2020
Reeditado em 09/11/2020
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