PÊNDULOS DE FOUCAULT

Tic, tac, tic, (direita)

Tac, tic, tac, (direita)

Tic, tac, tic… (direita)

E o relógio se move

Na velocidade

De um automóvel!

10, 20, 30 km/h…

50, 70, 90 km/h…

100, 200, 300 km/h…

Não se pode piscar!

Quando será o pit-stop?

Tac, tic, tac, (direita)

Tic, tac, tic, (direita)

Tac, tic, tac… (direita)

E os ponteiros apontam

Como uma bússola,

Fortemente, para o norte…

Os prótons, os elétrons,

A prata, o zinco, o ouro

Sob o solo nacional!

Fiquem tranquilos, meus irmãos,

Não haverá óleos

Para se escorregar no chão!

Tic, tac, tic, (direita)

Tac, tic, tac, (direita)

Tic, tac, tic… (direita)

E os pêndulos balançam

Aos olhos dos estudantes,

E dos trabalhadores…

“Tuas mãos sempre são

As tuas promoções..

Não as dos patrões!”

E cantam esse mantra,

Os artistas da televisão,

Divertindo-os (na tela plana)

Após a longa e insana labuta…

Tac, tic, tac,

Tic, tac, tic,

Tac, tic, tac...

A brecha à sinistra

Está engessada…

A corrente só se desloca

Numa via....

Ademais, até quando

Esse som perdurará?

Alguém tem uma ideia?

Tic, tac, tic, (direita)

Tac, tic, tac, (direita)

Tic, tac, tic… (direita)

Leandro Monteiro
Enviado por Leandro Monteiro em 06/11/2020
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