Poesia - Finados
Em meio as catacumbas frias,
e as cruzes neste verde campo .
o poeta pensa sobre o infinito
Neste dia de finados.
Lembrando dos mortos que partiram,
neste ano tão triste e pesado.
Onde o Vírus ceifou vidas
De amigos queridos, de pais, tios ...
Que foram morar em além vida.
O desejo de abraça-los novamente,
De ter dito outras palavras ou ter mais paciência
Parece uma lança que rasga nosso peito,
Coberta de remorso ,
Fazendo cair as tais lágrimas de saudade.
Hoje, dia de finados tudo é nostalgia...
De uma casa vazia, sem tuas gargalhadas gostosas,
Sem tua cara de fúria ao não ser atendida.
Apenas retratos esquecidos e empoeirados na sala,
Repletas de orações e prantos desolados.
E um porquê inexplicável sem resposta
Fazendo chorar até este frio coração.
Sei que deve estar feliz em sua nova morada,
Sei que o Criador deve ter lhe recebido de braços abertos,
Mas a saudade bate no peito
Neste finados.
Não quero te dar flores, velas ,
Pois para mim estará sempre vivo em meu coração.
Relembro as pessoas que partiram sem dizer adeus,
É triste recair sobre nossos ombros todo o peso do mundo ,
Mostrando o quão frágil é a vida.
Em meios as catacumbas e cruzes,
Lhe deixo não apenas estas flores,
Mas está poesia...
Junto com meu melhor sorriso,
De que sempre estará ao meu lado.
Não mais como meu amigo....
Mas como meu anjo da guarda!