Máquinas-humanos
Lava a alma
Lava a dor
Alma lavada
Dor enxuta
Perdeu-se na labuta
Não encontrou ajuda
Pediu por clemência
Disseram: indecência!
Quem ousa cruzar teu caminho
É um simples trabalhador ferido
Chorando, triste e sozinho
Mas talvez seja apenas um mendigo.
Ignoremos este pedinte, não nos atinge
Parece até que seu choro não nos aflige
É que não somos mais seres humanos
Somos apenas máquinas que vivem trabalhando.