Homenagem a praça da igreja matriz de Itapagipe.
Recordo-me daquele tempo histórico, hoje distante, entretanto, preso em minha memória a magnífica cidade de Itapagipe.
A exuberância da igreja matriz, formulada por um padre Lazarista, padre Guido.
A beleza da praça, o encantamento das flores, contemplava o sorriso de suas pétalas bordadas de ouro, a substancialidade da praça.
Uma tarde perguntei a referida, qual a razão da doçura da vossa ternura, a praça respondeu-me porque sou a essencialidade da vossa genética.
Emocionado, meus olhos encheram de lágrimas, nas manhãs atravessa aquela praça em direção ao grupo escolar Santo Antônio, sentido o florir das suas flores.
Era ainda criança, tinha o cabelo longo, a incandescência da face do rosto, sentia sua inefável contemplação.
Precisava ser alfabetizado, recordo-me de uma única aluna, Ageuda Barbosa, talvez pelo fato sempre pedia que recitasse algum poema em datas comemorativas, não recusava.
Entretanto, na sala de aula pensava na praça que florescia a cidade de Itapagipe.
O tempo passou sempre estudando, como seminarista Lazarista, Campina Verde, posteriormente, Filosofia, Psicologia e História, Puc de Belo Horizonte.
Noviciado no Santuário do Caraça, Petrópolis e São Paulo, quando terminei meu bacharelado em Teologia, foram anos sem esquecer a mais bela praça do mundo.
Ao receber a nota final com a média de avaliação, perdi apenas 0,7 décimos para ficar com nota dez no diploma, posteriormente, dez no exame universa avaliação máxima de um clero.
Foi quando recordei da praça, da beleza de suas flores, quando a praça disse-me, sou a vossa genética.
Voltei outras vezes a praça, oferecendo a referida o meu empenho acadêmico, senti a contemplação das vossas pedras, a praça triste falou, Edjar você vai desaparecer, pois é sua destinação quero que você entenda sou a vossa essência.
Beijei o vosso solo, apertei cada flor, senti o seu aroma, toquei nas pedras, disse a praça a vossa magnitude será guardada na minha emocionalidade, então a praça chorou.
Despedi da praça para nunca mais voltar, entretanto, a vossa dignificação está guarda em minha racionalidade apofântica.
Sou a eternidade da vossa perpetuação.
Edjar Dias de Vasconcelos.