A fumaça da ganancia

A fumaça inesperada que nos acordam do nada,

Furta o ar pela madrugada dos nossos pulmões.

Por conta do ego desmata e mata nas queimadas,

Na conta ficam a títulos guardados os milhões.

A massa que nos hospitais sem ar morrem,

Com a vida pagam, os brindar da corrupção.

Na festa chega dessa imunda politicagem,

Tudo não passa somente de mera perseguição.

E as matas morrem,

E os ricos ganham.

E os bichos morrem,

E os ricos ganham.

A fauna sem ter para onde ir agoniza,

Vai lentamente sendo consumida pelas labaredas.

Restando tão somente no solo as cinzas,

E os latifundiários se escondem nas suas torradas.

A flora se evapora enfumaçando a nossa cidade,

Sendo destruída as cores e os perfumes das matas.

Escondendo os barões o seu orgulho em maldade,

Não se importando com as vidas, mas com as metas.

E os bichos morrem,

E a besta homem rir.

E os arvoredos morrem,

E a besta homem rir.

A terra geme cuspindo o fogo que a queima,

Destruindo do seu seio a vida que logo brotaria.

Mas a ganancia fora tamanha que a esgrima,

Deixando o que antes era belo, triste sem alegria.

A chuva é cessada com a não produção da fotossíntese,

Com a evaporação da umidade formando nuvem carregada.

Mas com o fogo destruindo o nosso cintilante verde,

Só nos resta sofrer as consequências da vida aí devastada.

E os rios logo secam,

E os covardes forjem.

E os peixes acabam,

E os covardes fingem.

As etnias indígenas que dependem da flora e fauna,

Sofrem com essa devastação provocada pelos egoístas.

Pois é destes dois componentes do nosso rico bioma,

Que os indígenas sobrevivem e mantem suas culturas.

A ganancia humana é o pior de todos os venenos,

Pois ela mata tanto imediatamente como lentamente.

Tudo pela ilusória fortuna, desfaz os feitos de anos,

Mas, um dia os que provocam este mal de si lamente

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 25/10/2020
Código do texto: T7096238
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