Caçada selvagem.

Um homem perdido solitariamente no meio de uma floresta cheia de bichos, ele defensor dos animais.

Bichos selvagens, leões, tigres e hienas, sem solução teve que subir sobre as árvores.

Se os bichos tivessem cognição, não vivessem do instinto, não devorariam o grande sapiens.

O céu cheio de raios, as árvores eram um perigo, o homem teria que pular sobre água, entretanto, o lago tomado de jacarés não tinha solução.

A floresta densa, chovia e fazia frio, ele precisa encontrar um trilho para chegar a sociedade.

Que mundo cruel, não alimentava, seu corpo estava frágil, suas pernas não aguentavam o próprio peso.

Precisava sair da floresta, encontrar um campo desértico e fugir, sem saída, o melhor seria se matar.

Talvez cortar um cipó com os próprios dentes amarrar o pescoço em um galho de árvore.

O homem muito triste, quando estava fora do mato, tudo que fazia era cuidar de bichos, pois era humanista.

Naquele instante cercado por animais carnívoros , helicópteros voavam com guardas armados, entendiam que aquele ser era um índio incivilizado.

O homem completamente cercado, os bichos famintos, melhor mesmo entregar a alma a Deus, todavia, entendia que o espírito era a cognição.

O ideal seria a não existência dos bichos, poderia ter apenas na terra tão somente o solo fértil.

Tarde demais, deste modo, determinou a vida, aquele homem quando estava entre os homens, distribuía comida para os pobres de rua, cuidava dos velhos doentes e dos desempregados.

Com efeito, só os pobres poderiam invadir a floresta e salvá-lo dos bichos.

Entretanto, eles queriam apenas a comida e a proteção do solo frio, os pobres não eram generosos, melhor não se iludir com a miséria.

O que fazer esperar pela morte, o seu corpo preso a um galho de árvore esperar ser devorado por aves rapinas, deste modo, efetivou-se o seu destino.

Os pobres continuaram a morrer de fome, milhões deles, pois naquele mundo ninguém mais era humanista.

Porém, o homem antes de morrer compreendeu a metáfora, a ira dos bichos não era com ele, entretanto, com a sua defesa da civilização que destruiria a floresta e os bichos teriam que desaparecer.

Triste fim.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 25/10/2020
Reeditado em 25/10/2020
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