A história do grande cantor Belchior.

Era um jovem muito pobre, entretanto, inteligente e bonito, não teria nenhum futuro, entrou para um convento como seminarista.

Os padres capuchinhos, aprendeu diversos idiomas, latim, grego, espanhol, italiano, ingles e frances.

Estudou filosofia em sua complexidade, lendo os clássicos revelando aos padres sua genialidade.

Deixou a batina entrou na faculdade de medicina, já no final curso pegou o violão e mudou para o Rio de Janeiro.

Sentiu a dor da fome, dormiu em prédio em construção, inteligente escreveu as mais belas canções, encantando o coração de Elis Regina, apresentado por ela ao mundo musical como um exuberante cantor.

Ficou famoso, ganhou muito dinheiro, falou da contra revolução, de um mundo fechado sem perspectiva de transformação.

Era consciente solidário ao pobre, cantou as mais belas canções, como nossos pais, mostrando que prevalecia no Brasil o reacionarismo de direita.

Desiludido com tudo, com a cultura, com o mundo musical, não vendo futuro civilizatório, deixou tudo, como fez com a filosofia e a medicina, deixando também o mundo musical.

Perdendo seus bens, resolveu ser um simples pintor, vivendo de favor, morrendo aos 70 anos o maior músico brasileiro.

Belchior, a celestialidade que encantou o mundo musical, fazendo a juventude inteligente entender a história política do Brasil.

Hoje a grandeza da sua literatura.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/10/2020
Reeditado em 24/10/2020
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