NO LIXO DA HISTÓRIA

Ja vi muitos nos crepúsculos

Das carreiras, impingirem derrotas, à glória

Que detinham -- derraparem

Nos seus atos derradeiros,

Quando deles, o melhor se aguardava --

Senão brilhantes,

Mas com a certeza

Do dever terem cumprido,

Sem se aterem

A pressões externas quais sejam,

Laborando com isenção

E justeza

De ofício, nos seus atos derradeiros!

É o que acontece, quando

Cria-se heróis de capa e revista,

Os tendo por grandes na escala

De importantes personagens,

Aos olhos e ouvidos de quantos,,

E tantos

Cegos, deslumbrados!...

À primeira vista,

Ver-se logo, quão

Estavam enganados!...

0s heróis que criaram,

De pronto, demonstraram ,

De que estopa pequenina eram formados,

Quando o minimo deles se esperava:

Uma atitude proativa,

A assertiva

De serem ouvidos, de algo deliberarem,

Para deslinde de uma questão de monta,

Que a Suprema

Corte se defronta,

Nao a covardia de fugirem do problema,

Deixa-lo morrer sem solução!

Ponhamos as cartas na mesa,

Sem empulhação,

Sem se abster

Do dilema!...

Reitera-se: sem fugirem

Do problema!...

Nao me é surpresa,

Ja vi alguns desses heróis fabricados

Na Oficina da insensatez ,

Em grande escala,

Fraquejarem por mais de vezes

Na hora do voto decisivo!...

E a historiografia dos fatos

Implacável, nao se cala:

Contundente, inflexível e ligeira,

Na cara, o dedo aponta!...

E cai a máscara do engodo,

0s heróis de mentirinha,

Vão para o lodo,

0 lixo da história!