MEDITATIVO DIVERSO

MEDITATIVO DIVERSO

A arte

de escrever

me leva a ser diverso;

visto que,

ao contemplar a Natureza,

eu vejo

essa diversidade;

assim como sinto

emergir de mim,

um mínimo do universo

criado por Deus,

que se dispersa tão livre,

para integrar-se

à vida de eternidade.

Se eu

não fosse diverso,

como poderia evoluir,

escrevendo

uma arte enfadonha e igual?

No entanto,

há em cada texto,

uma criatividade

diversa,

que faz fluir

espontânea

a inspiração peculiar,

distinguindo-se

pelo fazer artesão plural.

Sei muito bem

que o diverso está em mim

e fora de mim;

como se cada instante

que escrevo,

fosse um desafio

que me torne capaz de gerar

diferentes labirintos;

fruto da linguagem

adquirida,

desde as diversas coisas

internas e externas

por mim imaginadas;

espelhando-se

no encanto da escrita

idealizada,

onde possa me achar e sair,

talvez com uma certa

dificuldade,

dos labirintos

que eu mesmo os concebi.

Posso abordar os mesmos temas

em minha arte escrita;

mas haverá certamente,

o propósito de alcance

da distinção textual;

concilio minha diversidade íntima,

com a diversidade

das coisas que me cercam;

alguns aspectos existenciais

fingem parecerem iguais;

mas são tão distintos como o tempo,

como as horas,

como as artes, como a natureza,

como os pensamentos

e sentimentos,

como a espiritualidade,

como a Suprema Criação Divina.

E porque tudo evolui,

seja igual ou diverso,

no âmbito existente das coisas,

de modo surpreendente,

tudo também se estabiliza

e se concilia,

na unidade cósmica incessante.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 18/10/2020
Reeditado em 22/11/2022
Código do texto: T7090432
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