ESCOLHA ENTRE O DIABO E COISA RUIM

A quem cabe a culpa dos desenganos

Dos eleitores, que de 4 em 4 anos,

Cometem as mesmas mancadas?

Votam nas mesmas figuras carimbadas

Que quais abelhas no mel,

Ervas daninhas

Que brotam em tempo de eleição,

E vêm derramar seu fel,

Prometendo mundos

E fundos --

Falácia política , afago

Maledicente de escorpião --

Mentiras que ardilosamente

Tais profissionais da política semeiam,

E mais uma vez engambelado, o eleitor

Cai na lábia do falso salvador

Da Pátria, que o ludibria

Cinicamente

Com mirabolantes planos

De alvissareiro governo. Um dia,

O iludido que vota em demagogo,

Em candidato corrupto,

Descobre decepcionado ,

Que caira num engodo,

Recebendo o traiçoeiro beijo

De Judas, cujo alto preço terá que ser pago

Pelo voto errado!

E nesse desiderato,

Da péssima escolha

A quem deste o voto,

Quem resgatará a ti, Jalão, o que tinhas

De melhor em escolhas,

E escolheste o pior?

-- Agora, bobão, colhas

Da tua semeadora ,

0 fruto podre, o qual semeaste iludidamente.

Avisos tinhas, insensata criatura,

Em quantidade imensa!

Até o vento,

Resoluto e incontente,

Tentou alertar-te.

Chamar-te

À razão !

Preferiste o silêncio , à voz do vento

Que te admoestaste:

-- Jalo, por que procedeste assim?

Ficaste mudo,

Inerte a tudo

Que vias,

E que escutavas,

E que não percebias,

O alcance de tais elevosias

Em termos de grosserias,

Descomposturas, despreparo,

agressões verbais e ofensas!...

Contudo , embora não estivesses dentre

Primores, a postulantes

A cargo público, votaste

No mais truculento,

Incompetente e inepto candidato,

Quando tinhas a opção,

De votar no melhor,

Menos pior,

Por nao estares, na tua escolha,

"Entre o diabo e o coisa ruim"!