A recordação do afeto.
A ilusão é uma fantasia feita de um grão de areia, perdido na imaginação cognitiva.
Um pedacinho de terra, coração revivido entre as grandes intuições, o destino premeditou as recordações.
Deste modo, hoje sou uma pedra substanciada em vossos sonhos, resolvi compreender o seu esplendor.
Tudo que fui, hoje o que sou, decisão tomada em respeito a vossa doçura.
O brilho inefável do seu fascínio, a beleza da sua idiossincrasia, transformou-se em encantamento, objetivando reconquistar a vossa serapicidade.
Com efeito, já não sou mais aquele grão de areia perdido na imensidão da praia.
O meu coração foi transubstanciado em suas emoções, meus sonhos envenenados pelo vosso olhar.
Deste modo, sou a transformação assertórica do seu indelével encanto.
O mundo é a magnitude da vossa paixão, o pranto dos seus olhos o substrato do meu sorriso.
Sendo que você é o fundamento dos meus desejos, já não sou mais a pedra distante de suas emoções.
Somos a inexorabilidade da nossa escolha.
Tomei uma nova decisão, o destino foi reconstituído neste instante.
Sou então, a essência da vossa alma, não mais a prescrição do vosso passado.
Portanto, encheram de orgulho as ondulações do vosso substrato, sou o seu caminho predestinado nas efetivações passadas, neste presente.
Já não sou mais as vossas ilusões, o amor dialeticamente substanciou a compaixão da sua alma, o silêncio redescoberto, hoje um novo tempo.
Com efeito, sou o abrigo do vosso alento, não existe mais sofrimento, a felicidade é o sorriso dos vossos lábios.
Você o sonho revivido, o tempo distante recordado, remodelado, neste momento, a continuidade inesquecível de cada tempo substanciado na destinação do amor.
Somos nossos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.