A recordação do afeto.

A ilusão é uma fantasia feita de um grão de areia, perdido na imaginação cognitiva.

Um pedacinho de terra, coração revivido entre as grandes intuições, o destino premeditou as recordações.

Deste modo, hoje sou uma pedra substanciada em vossos sonhos, resolvi compreender o seu esplendor.

Tudo que fui, hoje o que sou, decisão tomada em respeito a vossa doçura.

O brilho inefável do seu fascínio, a beleza da sua idiossincrasia, transformou-se em encantamento, objetivando reconquistar a vossa serapicidade.

Com efeito, já não sou mais aquele grão de areia perdido na imensidão da praia.

O meu coração foi transubstanciado em suas emoções, meus sonhos envenenados pelo vosso olhar.

Deste modo, sou a transformação assertórica do seu indelével encanto.

O mundo é a magnitude da vossa paixão, o pranto dos seus olhos o substrato do meu sorriso.

Sendo que você é o fundamento dos meus desejos, já não sou mais a pedra distante de suas emoções.

Somos a inexorabilidade da nossa escolha.

Tomei uma nova decisão, o destino foi reconstituído neste instante.

Sou então, a essência da vossa alma, não mais a prescrição do vosso passado.

Portanto, encheram de orgulho as ondulações do vosso substrato, sou o seu caminho predestinado nas efetivações passadas, neste presente.

Já não sou mais as vossas ilusões, o amor dialeticamente substanciou a compaixão da sua alma, o silêncio redescoberto, hoje um novo tempo.

Com efeito, sou o abrigo do vosso alento, não existe mais sofrimento, a felicidade é o sorriso dos vossos lábios.

Você o sonho revivido, o tempo distante recordado, remodelado, neste momento, a continuidade inesquecível de cada tempo substanciado na destinação do amor.

Somos nossos sonhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/10/2020
Reeditado em 08/10/2020
Código do texto: T7082402
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