Último zepelim

Asco de mim, meu querubim

Condenáste-me!

Cravado em tuas mãos:

Um decreto, meu incerto, duvidei?

Culpado sou!

Sem lembrar qual crime escrevi.

Prezo a grades que são espelhos

De memórias que nunca vivi!

Meu sobrenome não tem dono

Simples de mim!

Vago em jaulas de sonhos

Que na verdade são vaidades e ilusões.

Onde estão as folhas libertas

Em meu jardim?

Com o inverso descaso

Que escondi fora de si?

Filhas da poesia e da rima

Mancharam o firmamento púrpura-anil sob arcaicos folhetins.

Cortais os céus - ó! Céu que cativas.

Alanhais o cosmos com teu hirto capim.

Joinster
Enviado por Joinster em 06/10/2020
Código do texto: T7081336
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