Último zepelim
Asco de mim, meu querubim
Condenáste-me!
Cravado em tuas mãos:
Um decreto, meu incerto, duvidei?
Culpado sou!
Sem lembrar qual crime escrevi.
Prezo a grades que são espelhos
De memórias que nunca vivi!
Meu sobrenome não tem dono
Simples de mim!
Vago em jaulas de sonhos
Que na verdade são vaidades e ilusões.
Onde estão as folhas libertas
Em meu jardim?
Com o inverso descaso
Que escondi fora de si?
Filhas da poesia e da rima
Mancharam o firmamento púrpura-anil sob arcaicos folhetins.
Cortais os céus - ó! Céu que cativas.
Alanhais o cosmos com teu hirto capim.