A pintura? O poema? A paisagem? O amor?
Onde uma luz ao longe polui o calçamento,
uma capela, que fixou-se antes do vento,
resvala no brilho da plantação de trigo.
As espigas, qual fossem gaivotas, de tão brancas,
rodeiam em círculo os cimos do celeiro
e o sol entra pelas narinas com cheiro de terra,
perfumando o acre doce da restinga,
como uma carta de amor lançada ao vento:
a métrica inalcançável, um traslado de ripas, o remendo das luzes...