Epifanias de 2020 (teleonomia)

Disse um polímata: - devemos ser no máximo

um bilhão de pessoas

e não oito bilhões de consumidores!

Pouca chuva, muita seca, queimadas.

Esse ano atípico expõe fragilidades

Que concomitantemente à pandemia,

Denotam a interdependência da biosfera.

A cega arrogância econômica da razão,

Que insumiza a matéria e minimiza o ser,

Sufoca a vida por priorizar o ente homem

Menosprezando a tudo e todos pelo cifrão.

A senciente natureza a seu tempo evolve;

Complexando habilmente a matéria/energia,

Encadeando equilíbrios dinâmicos frágeis,

E cérebro trino - a subjetividade - em enação.

A crise e a angústia fomentam mudanças,

A princípio conjunturais e depois estruturais.

Limiar diferenciado, holarquico, assaz sentido.

Opção por suicídio da espécie, ou repensar.

Questão mais quantitativa que qualitativa!

A vida controla e sempre elimina os excessos.

Somos câncer - e pior - vendilhões do planeta.

Sejamos a opção, a salvação: via integração.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 02/10/2020
Reeditado em 12/10/2020
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