Mão inescrupulosa.

Mão inescrupulosa.

A vida precisa ser revista.

Do ponto de vista do poder.

Até onde a vista alcança.

A boiada vai passando.

Quanta ignorância e arrogância.

Ganância é o que se ver.

A flora a seiva sangra.

A fauna em cinza se transforma.

A toda hora a boiada passa.

Nada muda.

É um Deus nos acuda.

O fogo agora respinga.

A boiada virou sina.

Chegou a vez dos manguezais e restingas.

E lá em cima a autoridade ironiza.

Dizendo: vai passar de rodo.

A boiada por cima.

A proteção que se tinha.

Transformada em extinção.

O homem do poder perdeu a razão.

Loucura não.

Falta de respeito com a nação.

Vergonha meu irmão.

Nossas riquezas em cinzas.

O litoral e sua nobreza se extingam.

O homem de terno.

Achando-se experto.

Põe os pés pelas mãos.

Onde estão?

Ninguém viu.

O Brasil fértil.

Agora desértico.

E a boiada vai passando.

Não é atração meu irmão.

É a mão pesada desonesta.

Na canetada de tinta azul.

Escrevendo uma verdadeira tragédia.

Dos valores da nação.

(Almeida, M. M. de)

Almeidamel
Enviado por Almeidamel em 01/10/2020
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