PANTANAL


O fogo brota do interior da terra,
As labaredas se espalham sobre
O capim seco.
Como paredões ou ondas gigantes,
A fumaça eleva-se com os ventos,
A vida animal chora a dor e o
Homem em desencanto.
 
A água embevecida sobre o solo,
Não consegue apagar todas as chamas,
O voo da Arara Azul despertam os Tucanos,
O jacaré foge arrastando-se na lama.
 
A larva viva ardente é forte,
Queimam as patas da onça pintada,
Silenciosa no pequeno drama,
Foge para o rio e faz ali sua cama.
 
A morte é prematura para quem
Domina a natureza,
A beleza é esculpida no cenário
Desesperador,
As aves amedrontadas esvoaçam
Os céus em gritaria,
Alguns pássaros não verão a luz
Dia.

O fogo não avisa o momento para
Começar,
Nem a humanidade para despertar.
O pulmão da mata está adoecido,
O desmatamento é o maior crime,
De um país rico em fauna e flora.
 
As reservas naturais estão virando
Cinzas,
Faltam também comidas para
Os bichos.
A fúria parece que está
Vingando o descaso humano.
E o ser humano não consegue conter
Tanta fúria.
 
O rio chora, mas não apaga
O fogo.
Caminha o fogo e assusta a gente.
Gente explora devastando a
Floresta.
Das florestas cortam as Canjaranas,
Das Canjaranas as madeiras torram!
 
 
 
 
 
 
 
 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 01/10/2020
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T7076992
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