Confundindo os eus

Muita gente não entende minha poesia.

E vivem me confundindo com o eu lírico.

Acreditam que estou sofrendo apostasia.

Ou me vêem num constante estado onírico.

O que ocorre é que sendo eu uma poetisa.

Em mim habita uma alma mais humana.

Afetada com o que amordaça e paralisa.

Uma pobre alma cuja sorte é desumana.

Mas tranquilizo a todos que se preocupam,

Pois estou passando bem e sem problemas.

Eu só escrevo sobre temas que machucam,

Muitas pessoas e se tornam meus dilemas.

E recomendo que se atentem para a poesia.

Nem sempre o eu que me refiro é o eu interior.

Às vezes esse eu é apenas um eu de fantasia.

Dos outros eus que estão sofrendo ao meu redor.

Mas se puderem eu agradeço a cortesia.

De avaliarem o que acontece com os cantores.

Nem sempre vivem o que cantam em melodia.

Nem suas letras contam suas próprias dores.

Vou dar um exemplo, talvez até um bom palpite.

Não é porque eu gosto de viver a cantarolar.

As belas músicas da grande cantora kell Smith.

Que eu sou deprê ou vivo a vida a lamentar.

Como a kell Smith eu só escrevo a dor no peito.

Nem sempre minha, e minha ainda, no entanto.

Se ela canta os seus belos poemas do seu jeito.

Eu cá escrevo os meus poemas do meu canto.

Pegando o gancho, ouçam de kell a melodia.

E absorvam a profundidade dos seus versos.

De minha fonte, reflitam por meio da poesia.

Pois nela trato dos problemas mais diversos.

Adriribeiro / @adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 25/09/2020
Reeditado em 14/10/2020
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