Silêncio do mundo.
A imensa distância do tempo, abstrata imaginação, a ideia de poder ser, pensar e olhar.
Coisa estranha poder sentir, ficar perto e distante, o conceito de ser e não.
A negação da negação do tempo perdido.
O sentimento da partida, o esquecimento premeditado.
O silencio estagnado, a ilusão selecionada, a mentira predestinada.
A contemplação do crepúsculo idiossincrático.
O vácuo o entendimento do universo azul, a destinação dos nossos segredos.
O instinto substanciado na alma solitária.
A cegueira refletida em sonhos perdidos, a distância do tempo vivido.
Então pergunto qual é o sentido desta abstração.
O mundo delira ao pórtico nevoeiro.
Compensa ao almejado destino impulsado ao hidrogênio do sol.
O que devo revelar as tormentas, acendem aos céus as sombras.
O fim confuso soluço plebeu ao fulgor indefinido.
Murmura o vento a presença substanciada da magia consubstanciada as ondulações indeléveis.
A quantidade meditada de gente rebanhada ao canto, as coisas sabem os mistérios.
O mundo deve ser pensado com cortinas abertas, a estátua de um corpo relampejado a pastagem ao inferno.
Como se o céu fosse maior que o infinito em descrição.
Invocado alvoroço a referência ditada, aquele que guarda no pensamento a construção do tempo.
O que deveria ser dito a revelação da sintonia anacrônica, a sombra do guardador de rebanho .
Agradável apenas ao silêncio da natureza esperando entardecer o diacrônico instante.
Edjar Dias de Vasconcelos.